sábado, 31 de março de 2012

Não estiveram em causa...(a propósito da notícia relativa à possibilidade do deputado do CSD-PP Ribeiro e Castro poder ser alvo de processo disciplinar/expulsão por ter votado contra a nova legislação laboral, porque a mesma anula o feriado nacional da RESTAURAÇÃO NACIONAL).

Não estiveram em causa os fundamentos da nova legislação, de acordo com a notícia. A política governamental não seria beliscada. A direcção do CDS-PP não mostrou capacidade negocial, deixando o PSD introduzir no articulado da nova lei laboral a medida meramente simbólica de anulação de feriados. Sem debate geral parlamentar, de maneira subreptícia, erradicou-se o feriado nacional, assinalando a data indelével da Restauração da Independência de Portugal, o 1º de Dezembro de 1640. Os actuais dirigentes centristas, a começar pelo respectivo presidente, demonstraram a mais completa insensiblidade, face a bases do seu próprio partido, a muitos dos seus apoiantes e potenciais votantes. Esses gestos pagam-se caro em eleições. O dr. Portas relevou ausência de escrúpulos e firmeza na defesa de princípios (sim, porque o 1º Dezembro marca a re-fundação de Portugal, a afirmação da sua soberania, enquanto, por exemplo, o 5 de Outubro ou o 25 de Abril, referem-se apenas a mudanças de regime). Deveria, no mínimo, ter exigido um debate no Parlamento em relação ao dia da Restauração Nacional. Assim, revelou-se um político carreirista, acomodado ao governo, descaractirizando o seu próprio partido. Para um jovem dirigente nacional assumir estas causas é marcar a diferença. Inspiram. E sem dúvida, são mais essenciais do que passar por um qualquer caixeiro viajante, como tem pretendido aparecer em muitas ocasiões, como Ministro dos Negócios Estrangeiros. Há princípios que não se vendem ou, sequer, se negoceiam.

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