terça-feira, 17 de abril de 2012

O dr. Basílio Horta evoluiu...( a propósito de críticas deste deputado do PS contra o MNE Portas).

O dr. Basílio Horta evoluiu...mal. Como o prof. Freitas do Amaral. Abandonaram a direita em momentos desajustados. Constate-se, porém, os seus espíritos caritativos. Os dois ex-dirigentes centristas apoiam algo a desmoronar-se. A  "esquerda democrática" portuguesa (PS) está esgotada. Não tem projectos. O ideário e o discurso são bolorentos. Se houver alguma dúvida epistemológica sobre o desajustamento socialista face à realidade do País, oiça-se (se houver paciência) o dr. Seguro. Quanto à finérrima expressão "épater les bourgeois" sobre a acção do actual MNE, aplicava-se também às conversas balofas de anteriores governos acerca do mesmo assunto. O Estado tem política externa e a diplomacia assume o papel principal na respectiva executação. Evidente, o aumento das trocas comerciais, a captação de investimento estrangeiro, o apoio à internacionalização das empresas portuguesas, etc constituem, naturalmente, objectivos primordiais de qualquer actividade diplomática séria e dignificante para qualquer gente dipomático. Já os nossos monarcas medievais o sabiam e praticavam...Depois, o exercício diplomático ponderado e sério não convive bem com falsos frenesins de noticiários televisivos. Como acontece, habitualmente, na educação, só bastante mais tarde se saberá se um determinado esforço foi coroado de êxito. Diplomacia e economia casaram-se, há muito, com comunhão de adquiridos. Baixar impostos, reduzir burocracias e consistência na imagem e na acção externas são alguns exemplos de medidas, que podem tonificar aquele "casamento", sem balbúrdia ou confusão de conceitos.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Francamente, a solução....( a propósito de notícias acerca da greve de trabalhadores dos consulados portugueses na Suiça reinvindicando aumentos salariais em consequência da desvalorização do EURO face ao franco suiço).

Francamente, a solução parece evidente. Fecham-se os consulados na Suiça, deixando lá apenas a Embaixada. Os cidadãos portugueses poderiam ir aos países limítrofes: França, Itália, Alemanha e Austria tratar dos seus documentos. Em todos esses vizinhos dos suiços funciona o EURO, depois os acessos por estrada ou caminhos de ferro são excelentes. Mais, todos aqueles países têm redes electrónicas de grande qualidade, pelo que dúvidas e marcações para a emissão de documentação poderiam ser esclarecidas calmamente ou marcadas com antecedência via "internet". Se a memória não falha, atendendo aos acordos daquele país com a UE, desde que legalizados o regresso dos portugueses a território suiço estaria sempre assegurado. Poupava-se. Os trabalhadores não sofreriam o nível de depreciação salarial devido ao custo de vida e da desvalorização do EURO e os emigrantes continuariam a ser servidos...porém, será que quereriam, ambos (funcionários e a emigração), esta resolução barata e prática? Bem, talvez o actual MNE pense no assunto...

domingo, 8 de abril de 2012

O PM Passos Coelho...(no seguimento de notícias sobre reacções a mais algumas afirmações do PM português a um jornal estrangeiro).

O PM, mais uma vez, repetiu o que tem "cantado" em outras ocasiões. Tenta seguir a mesma chave do regresso aos mercados em 2013, em "lá bemol". Reconheça-se, neste muito discreto, nada estridente, "aleluia" pascal, o dr. Passos Coelho, internamente varia, com frequência, para um "dó baixo", em prudente ressonância. Contudo, em declarações no estrangeiro ou ainda em entrevistas para ouvidos e olhos externos, esse tom afirmativo perde a "chave", enredadado em "bemoles". Assim, em vez de variações à "fuga" cristalina do discurso interno, apresenta uma "atonalidade" destinada aos duros ouvidos germânicos. Provoca confusão essa sua diferença de registos. Todavia, em quaisquer dos palcos prefere nunca assumir o papel de "solista" ou carregar em "sustenidos". Refugia-se antes no coro das vozes europeias. A última entrevista ao tal jornal alemão não passa de uma variação na tentiva vã de harmonia em muita surdina, não vão os "tímpanos" soar demasiado agudos e contradizer ou assustar os sempre neuróticos mercados. Entretanto, o "wagneriano" Louçã excita-se, o PS em tom barroco chama atenção para as aparentes contradições musicais do governo e o PCP puxa das fanhosas trombetas, há muito entupidas, da desgraça desta contínua e cinzenta quaresma portuguesa, a qual está longe de acabar em consequência dos ininterruptos carnavais socialistas de anos passados recentes. Enfim, não será nesta ou na póxima Páscoa, que se ouvirão, por exemplo, o exultante "Aleluia" de Handel ou o afirmativo "Gloria" de Vivaldi, a propósito do ressurgimento da economia portuguesa.