sexta-feira, 30 de março de 2012

Zelo nada inesperado...(a propósito do anúncio que a polícia francesa efectuou rusgas e prendeu fundamentalistas islâmicos).

Zelo nada inesperado, após as tragédias de Toulouse. Mais, há eleições presidenciais francesas em breve. Durante a tentativa de captura do assassino, meios de informação mencionaram que os serviços secretos franceses tinham já referenciado aquele criminoso. Será verdade? Estarão a querer compensar o aparente desleixo anterior? Não bastam rusgas para conter os insidiosos fundamentalistas, que germinam nas sociedades europeias envelhecidas e acomodadas em consumismo de futilidades, parecendo apenas preocupadas em manter privilégios sociais insustentáveis. Evidente, a repressão de fanatismos é policial, mas a sua erradicação talvez passe pela adopção de uma atitude cultural e política assertiva. Importa afirmar os valores fundamentais do sistema político-social ocidental, cujo presente estádio de legalidade e bem-estar não aconteceu de forma espontânea. Construiu-se. Essa afirmação inicia-se nas escolas e não apenas através da proibição do uso do véu. Depois, o imprescindível secularismo do estado, não deve escamotear em nome de relativismos vigentes, o reconhecimento do cristianismo como um dos alicerces das sociedades ocidentais. Diz-se que países e igrejas da Europa contrariaram e muito, ao longo da sua história, a doutrina original cristã. Todavia, é incontornável a sua contribuição na transformação do ocidente actual no espaço do mundo de maior riqueza e tolerância. Assumir a totalidade dessa herança poderá ser um excelente dissuasor de integrismos néscios.

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