sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Impressionado (sobre as declarações da Chanceler alemã relativas ao anúncio de medidas pelo PM português em Bruxelas).

Eu também estou impressionado...com o facto da Sra. Merkel estar impressionada. Não deveria estar. O PM português anunciou. Ainda nada fez. E no anúncio consta aquilo que lhe foi dito para pôr em prática. A Chanceler alemã, como uma boa madrasta, quis ser simpática, concordando com as medidas, sem dar a entender que foram ditadas por Berlim/Bruxelas. Bem, no seu lugar também não gostaria de ser fiadora com os meus contribuintes a pagar e o homólogo português a gastar velozmente...em altas velocidades e outros empreendimentos megalómenos sem recursos suficientes, a ser sustentado pela a UE/EURO- quer dizer, sobretudo pelo dinheiro alemão. Talvez o caso mude de figura se houver uma ou várias empresas alemãs influentes interessadas nesses negócios...aí a "realpolitik" poderá sofrer nova inflexão, até porque os financiamentos, de maneira indirecta, voltariam para a Alemanha. Não haja dúvidas, a aprovação ou a simpatia da Sra. Merkel paga-se ou em "géneros" ou em "metal". Se não se quer dever e evitar-se paternalizações por alemães, chineses e similares não se gaste mais do que se tem. Actualmente, só resta ao Governo português chá, simpatia...e obediência. Quando a Alemanha se unificou, já Portugal existia como Estado Independente, há mais de setecentos anos. Não foi "má fortuna ou amor ardente", que nos conduziu à situação actual; mas sim, a incompetência de sucessivos governos, principalmente socialistas e, em especial, estes dois últimos chefiados pelo indiscritível Eng. Sócrates, sempre predisposto para o disparate.

Um ano...uma revisão... (sobre o anúncio da criação futura de um fundo financeiro para apoio a países da UE).

O Tratado de Lisboa (cozinhado em Berlim/Bruxelas e servido em Lisboa-o Mosteiro de Jerónimos não merecia tal evento) com cerca de um ano vai sofrer a primeira revisão em 2013. Alguns dos actuais chefes de Governo já não vão ficar na fotografia, a começar pelo português. O que é preciso "é aliviar a malta" e a Sra. Merkel foi generosa. A sua eventual falta de solidariedade poderia sair mais cara à Alemanha. Se as autoridades alemãs querem mandar na Europa Ocidental têm que mostrar-se um pouco complacentes com algum despesismo abusivo dos parceiros. Situações como a grega são de evitar. Os políticos europeus culpariam os seus homólogos alemães pela abrupta descida do nível de vida e aumento da instabilidade nos seus países, aprofundando divisões. Os europeus a leste, sempre desconfiados das intenções alemãs, talvez não se importassem da perda de influência e prestígio das autoridades de Berlim a ocidente. Agora, os chamados "mercados" não se vão acalmar; haver meios financeiros para gastar aguça-lhes o apetite. A possível acalmia só virá, quando o dinheiro voltar a ser mais caro, a poupança mais rentável e a certeza que fundos, bancos e outros investidores e especuladores vão começar a recuperar das enormes perdas, consequência de mais de uma década a desbaratar recursos de forma sôfrega em "produtos tóxicos", sobretudo no imobiliário. Pois é, o Ocidente está intoxicado. De repente, o conforto parece incerto. E a prosperidade paga-se. Os amendoados olhos poluídos em Beijing contemplam...a situação.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Surpresa?Não...(a propósito da notícia que a França excluiu o ensino do Português em escolas de élite)

A Língua Portuguesa é das mais importantes no Mundo. Globalmente, mais relevante que a francesa, a alemã ou a italiana. A decisão demonstra, pelo menos, quatro vectores: a administração francesa é ignorante ou estúpida; a comunidade portuguesa em França pouco ou nada conta, até porque a maioria preferiu, naturalmente,que os filhos fossem franceses, factor de sucesso na integração dos portugueses; evidencia, mais uma vez, a ausência de uma política oficial consistente de promoção do Português- nunca se soube conciliar o seu ensino junto dos emigrantes com a promoção, efectiva, junto das élites; e se a pretensão é projectar a Língua de Camões e Pessoa tem que se gastar muito dinheiro- não são os Governos estrangeiros, que vão pagar para ser ensinado o idioma de um país, cujo Ministro das Finanças viaja para pedir ao Governo chinês para comprar obrigações portuguesas. O francês é uma língua a regredir no mundo, porém ainda prestigiada; o Português está em expansão, contudo não goza do prestígio proporcional ao seu crescimento. São múltiplas e nada lineares as razões para o aparente paradoxo. Neste contexto, talvez seja oportuno reflectir: ter leis de nacionalidade e eleitoral tão permissivas para netos e bisnetos da emigração portuguesa e gastar recursos em redes consulares na UE para quê? Os emigrantes não necessitam de ser paternalizados. Importa mais que o país de origem goze de situação estável. E seja respeitado. Não é o caso de Portugal na actualidade. Assim, a pouco inteligente opção francesa não é surpresa... antes consequência.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O nosso 00...BCP. ( sobre uma notícia/fuga de informação que o banco BCP pretendeu desenvolver relações com homólogos iranianos)

Brilhante, o Dr. Santos Ferreira 00 qualquer coisa ao serviço da CIA!! Se a sugestão tivesse avançado, as agências de "avaliação/validação" financeiras (rating) já nos teriam dado melhor nota. Como nas películas de Hollywood e nos melhores livros de "aeroporto/thrillers" (bem divertidos), género Follett, Forsyth, Clancy, Silva, etc: os interesses sem escrúpulos das finanças internacionais (neste caso um bocadinho para o saloio, pois são na periferia) aliados aos objectivos obscuros dos serviços secretos.Que grande filme! Que grande livro! Deve ter sido aí, que o Presidente do BCP se inspirou. Também o Eng. Sócrates, especialista em amizades com Kadhaffi e Chavez, aplicaria os seus talentos em desenvolver relações com gentes e regimes peculiares, sobretudo após deixar de ser PM. Falta tão pouco tempo. Assim, teríamos o Dr. Amado, MNE, na GALP e o seu actual chefe no BCP dicotomicamente colocados num xadrez controlado pelo discreto mestre Dr. Santos Ferreira. Não haveria perigo islâmico que resistisse...será que os EUA aproveitaram? Nos próximos capítulos sabê-lo-emos...é um "best-seller" português...que grande "blockbuster"... como diria o meu avô: "valha-nos Deus"!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Optimismo...!?Não...! (sobre a baixa do valor dos juros da dívida portuguesa).

Não há razão para qualquer optimismo. Só falta o PM português dizer que a regressão dos juros foi graças às medidas incluídas no Orçamento 2011. Ainda nem sequer estão em prática! O BCE, discreta e eficientemente, fez o que Alemanha "autorizou": a compra de títulos dos países em crise financeira. Um descalabro ainda maior da Espanha sairia muito mais caro. Depois, Irlanda e Portugal parecem ir no bom caminho com todas as medidas de austeridade anunciadas. E a FIFA, ajuizada, acabou por decidir bem ao escolher a Rússia, afastando a praga do despesismo futebolístico da Ibéria. É evidente que o Eng. Sócrates deve continuar sonhando velozmente como é que pode ficar na História como outro Fontes Pereira de Mello, à semelhança do seu mentor Eng. Guterres e do respectivo antecessor, Dr. Cavaco Silva. O tempo escasseia para o actual Governo. Infelizmente para o País os dois Governos Sócrates serão reconhecidos como fracassos. Mais, a leviandade das políticas eleitoralistas seguidas nos últimos 4 anos puseram Portugal a pedinchar e dependente de alemães, franceses, eurogrupos, etc. Sr. Eng. Sócrates quanto aos "fontismos" estamos conversados, já não tem tempo. Deixe estar: fica a venda do "magalhães" ao seu inefável amigo Chavez e o incentivo às energias renováveis - isso sim, foi importante. E, faça o favor de tomar em atenção, o que hoje desceu pode voltar a subir amanhã...talvez o Dr. Teixeira dos Santos, que se engana em tudo o que é previsão, não o saiba...