terça-feira, 13 de março de 2012

A demissão...(sobre o anúncio da demissão do Secretário de Estado da Energia.)

A demissão do Secretário de Estado (SE) da Energia só terá alguma importância se resultar de algum jogo de sombras chinesas. De facto, deixa no ar dúvidas a exoneração do membro do governo, que detinha o controlo político da área energética, pouco tempo depois da "privatização"/venda da (praticamente monopolista) EDP a uma companhia estatal chinesa. Questão legítima, porque as televisões mostraram a euforia dos membros do governo a acotevelar-se nas cerimónias alusivas aquela alienação. Estaria lá o SE demitido? Também emocionado? Feliz? Frustrado? Bem, a maioria do público não lhe conhecia a cara. Portanto, se estêve alegre ou triste, escapou, na ocasião, à notoriedade. Ganhou-a agora. Obteve os seus legítimos 15 minutos de fama. Entretanto, o dr. Álvaro Pereira, o ministro e os outros SEs poderiam ir pelo mesmo caminho: às suas vidas...Acabava-se com o Ministério da Economia, pois não serve para nada. O erro não está em ser, como lhe chamam, um super-ministério; o mal é a sua própria existência. Duas ou três direcções-gerais fariam o mesmo serviço, talvez até de maneira mais eficiente e poupavam-se uns milhões. Aliás, essa poupança ajudaria as tão faladas e, possivelmente, não tão acarinhadas pequenas/médias empresas exportadoras. Os drs. Gaspar, Portas e Relvas dividiriam o espólio que ficasse e teriam ainda mais protogonismo, evitando assim serem, por vezes, ensombrados pelas ingenuidades do simpático emigrante português no Canadá .

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