quinta-feira, 8 de março de 2012

De acordo com a notícia...(a propósito da candidatura ao Congresso dos EUA de um canalizador americano do estado do Ohio, tornado famoso porque uma vez embaraçou Barak Obama )

De acordo com a notícia, nos EUA, a super-potência mundial com mais de 300 milhões de habitantes, um canalizador candidata-se ao seu todo poderoso Congresso. Assume a profissão. Mais, faz dela uma bandeira para conseguir projecção e aproximar-se do potencial eleitorado. Pode ter alguma formação escolar superior alcançada em qualquer escola técnica regional. Não interessa. Pretende, sobretudo, assumir-se como os anglo-saxónicos dizem: um "blue collar". Ao contrário, cá os nossos políticos esfolam-se pelos tratamentos de "engs" ou "drs" ou, como está na moda, "mestres" (na terra da minha avó, "mestres" eram os trabalhadores da construção civil, portanto um "canalizador", para ela, seria um "mestre"). Alcançam títulos universitários em estabelecimentos de duvidosa qualidade, cuja finalidade, para além da legítima ambição de ganhar dinheiro, parece ser (a acreditar nos jornais)  "traficar influências". Porém, a culpa não está apenas nessa "saloice". Reside também na nossa mentalidade, pois pensa-se que só gente com canudo pode governar. Evidentemente, é necessário um eng. para projectar uma ponte ou um dr. para elaborar ou interpretar leis. Todavia, para decidir em que sítio e quando construir qualquer coisa com dinheiros públicos não é essencial um eng., nem um dr. para apontar que matérias a ser legisladas e quais os respectivos contornos principais... concluindo, ainda se vive em Portugal segundo esquemas mentais do tempo do Eça de Queiroz e da mania dos "bacharéis".


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