sexta-feira, 9 de março de 2012

Um inequívoco exemplo de novo-riquismo (sobre as notícias acerca da empresa pública "parque escolar", formada para fazer obras de renovação nas escolas).

Um inequívoco exemplo do novo-riquismo e desperdício dos governantes portugueses são as primeiras evidências de todas as notícias acerca da "parque escolar". Essa gulosa ostentação visou apenas ganhar eleições. Apesar de na substância não haver algo de verdadeiramente novo, não deixa de ser chocante. Depois, transparece: os governos não confiam na capacidade da administração pública - aspecto curioso, porque não será difícil constatar que  membros de todos os governo esforçaram-se imenso para facilitar a entrada de seus seguidores ou protegidos (as) na administração pública. Portanto, nem muita confiança demonstram nos méritos desses elementos. Não faltam arquitectos e engenheiros no funcionalismo público, contudo criou-se uma entidade à margem, deixando, certamente, muitos funcionários com aquelas qualificações e anos de experiência a lustrar calças e mangas de camisas nas secretárias das repartições. Na constituição da empresa pública em causa (pretensamente com um tipo de gestão  empresarial privada, tendo em vista fazer obras públicas em edifícios públicos, utilizando dinheiro público) releve-se, mais uma vez, a esperteza ou subterfúgio para dificultar o controle legal prévio (Tribunal de Contas?), ao qual está obrigado o Estado. Assim, não será errado pensar, que muitos políticos, quando assumem cargos governamentais, revelam uma estranha vontade em fugir às legislações, códigos e regulamentos criados por eles próprios no Parlamento. Ainda, talvez na "parque escolar" aconteceu o mesmo de outras criações similares: a distribuição de cargos e confortáveis vencimentos a "amigos", apoiando-se empresas de construção amigas. Deste modo, com os dinheiros dos impostos de todos constroem-se as "amizades" de alguns. Façam-se fiscalizações efectivas e acabe-se, de vez, com o regabofe de manobras eleitoralistas e clientelismos à custa do erário público! Pagaremos nós e pagarão os nossos filhos e netos. Aliás, já pagamos e de que maneira....

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