sábado, 17 de março de 2012

Iniciativa meritória. (a propósito da notícia acerca de uma conferência intitulada "PME - as empresas do futuro", promovida pelo semanário "Expresso" e pelo Banco Popular).

Iniciativa meritória. Mas na pequena gravação reproduzida pelo semanário "expresso" nada existe de novo. Não se formam empreendores nas universidades. Estas devem ser, primordialmente, locais de saber, capazes de corresponder às ambições de formação dos alunos, providenciando ainda um ambiente científico criativo e, ao mesmo tempo, eficiente a ensinar o "velho" ou o "consagrado". Empreender resulta de atitudes e de vontades. O êxito dos investimentos depende desse voluntarismo, da capacidade de financiamento e das condições comerciais encontradas, habitualmente denominadas "mercados". Trata-se de simplificar e generalizar. Porém, as condições básicas referidas aplicam-se quer à mercearia da esquina quer à empresa de alta tecnologia. Evidente, representa mera constatação, cuja finalidade é desmistificar o "acto de investir", o qual não depende de qualquer grau acadadémico. Aliás, o "investidor" pode até ser "tecnologicamente analfabeto", contudo se souber escolher o "negócio", colaboradores e for hábil a vender pode obter sucesso. Fenómenos como Bill Gates ou Steve Jobs não se replicam. Acontecem. Diminuir impostos e desburocratizar (não basta facilitar jurídicamente o estabelecimento de uma empresa para depois estrangulá-la no tempo com regulamentos, licenças e taxas) constitui a melhor forma do Estado apoiar o investimento. Portugal precisa sobretudo disso. E quanto à exportação, vital é o estudo prévio e específico do mercado alvo, prudência e, depois, alguma sorte na escolha do parceiro local.

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