quinta-feira, 15 de março de 2012

O ministro das finanças (a propósito das declarações do ministro das finanças relativas à possibilidade da reforma do sistema fiscal português).

O ministro das finanças tem razão. É absolutamente necessário alterar o sistema de impostos. Evidente, nas presentes circunstâncias mudanças profundas não podem ser efectuadas. Por enquanto, os cidadãos devem continuar a ser esmifrados pelo Estado. As dívidas públicas acumuladas têm de ser reduzidas. E deixe de se falar na necessidade de "políticas de crescimento" para a economia. Tentativas espúrias de estímulos estatais contribuíram para o endividamento, beneficiando uns com o dinheiro de todos e toda a gente continua a pagar. Note-se, porém, que o dr. Vítor Gaspar não falou em redução da carga fiscal. Prudência? Sem a diminuição do peso do fisco sobre a vida económica nunca haverá "desenvolvimento sustentado" (como agora se diz) em Portugal. Hoje em dia, afogamo-nos no valor dos impostos e taxas: IRS, IRC, EMI, IVA, etc, etc. Até agora, só não se paga pelo ar que se respira e para quê? Há deputados a mais e excesso de membros de governo e respectivos gabinetes! A presidência da república, cuja tarefa relevante é a representação tem uma catadupa de gente e consultores para o PR dizer que o anterior PM o enganou?! A modéstia e o decoro devem caracterizar as instituições políticas portuguesas e os seus representantes. Sistematicamente, revelam-se bem diferentes, arrogantemente vaidosos e estupidamente dispendiosos.  Assim, o aprofundamento das reformas torna-se ainda mais premente. Não são apenas os impostos. A própria Constituição em vigor terá de ser simplificada e deixar de ser um programa governamental bafiento dos anos setenta do século XX. O atavismo institucional republicano de décadas constitui uma das principais razões da nossa decadência.

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