domingo, 8 de abril de 2012

O PM Passos Coelho...(no seguimento de notícias sobre reacções a mais algumas afirmações do PM português a um jornal estrangeiro).

O PM, mais uma vez, repetiu o que tem "cantado" em outras ocasiões. Tenta seguir a mesma chave do regresso aos mercados em 2013, em "lá bemol". Reconheça-se, neste muito discreto, nada estridente, "aleluia" pascal, o dr. Passos Coelho, internamente varia, com frequência, para um "dó baixo", em prudente ressonância. Contudo, em declarações no estrangeiro ou ainda em entrevistas para ouvidos e olhos externos, esse tom afirmativo perde a "chave", enredadado em "bemoles". Assim, em vez de variações à "fuga" cristalina do discurso interno, apresenta uma "atonalidade" destinada aos duros ouvidos germânicos. Provoca confusão essa sua diferença de registos. Todavia, em quaisquer dos palcos prefere nunca assumir o papel de "solista" ou carregar em "sustenidos". Refugia-se antes no coro das vozes europeias. A última entrevista ao tal jornal alemão não passa de uma variação na tentiva vã de harmonia em muita surdina, não vão os "tímpanos" soar demasiado agudos e contradizer ou assustar os sempre neuróticos mercados. Entretanto, o "wagneriano" Louçã excita-se, o PS em tom barroco chama atenção para as aparentes contradições musicais do governo e o PCP puxa das fanhosas trombetas, há muito entupidas, da desgraça desta contínua e cinzenta quaresma portuguesa, a qual está longe de acabar em consequência dos ininterruptos carnavais socialistas de anos passados recentes. Enfim, não será nesta ou na póxima Páscoa, que se ouvirão, por exemplo, o exultante "Aleluia" de Handel ou o afirmativo "Gloria" de Vivaldi, a propósito do ressurgimento da economia portuguesa.

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