sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sra. Merkel e a união orçamental europeia ( a propósito de declarações da Chanceler alemã no Parlamento alemão sobre a unidade orçamental europeia e subsequente necessidade de rever o Tratado europeu existente)

Em 1957, assinou-se o Tratado de Roma, criando o "Mercado Comum"; em 1986, entrou em vigor o Acto Único Europeu; em 1992, o Tratado de Maastricht instituiu a UE; em 1997, o Tratado de Amesterdão, continuando pelas túlipas, procurou melhorar o anterior; em 2001, não se consagrou uma constituição europeia, mas o Tratado de Nice; e em 2007, rubricou-se o Tratado de Lisboa. Das mais de 3 décadas para a primeira grande alteração constitucional, vai-se passar para uma média de 4 anos...Atenção, apenas o anúncio. Em várias ocasiões as aprovações pelos povos foi vergonhosamente tirada a ferros. A democracia saiu desprestigiada. A produção de um novo texto vai demorar. Não é fácil fazer a tradução do alemão para outras línguas. Depois, alguém sabe o que vai, de facto, na cabeça da sra. Merkel? É certo, de 6 membros, em 54 anos, passou-se para 27 países. Entretanto, cada vez mais, a UE assemelha-se a um conjunto de "Bundeslander", os estados federados alemães. A chamada  "disciplina prussiana" ou a mentalidade da Alemanha ex-comunista vai estender-se à restante Europa? As Nações médias e pequenas, como Portugal, foram, com tanto tratado, perdendo poder de decisão e influência no seio da amálgama lesgislativa em que sempre se traduziram aqueles acordos supra-nacionais. Agora, tudo isto, porque a maioria dos europeus gasta mais do que pode?! Para que serviram as constantes reuniões do BCE, dos Ministros das Finanças e as Cimeiras? Note-se:a Alemanha de hoje nada tem a ver com a de Kant, Bach ou mesmo Bismarck...

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