quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Bem...(sobre a atitude do PM britânico em não querer aceitar de qualquer maneira o noticiado desejo franco-alemão em rever o actual Tratado da UE).

O PM britânico tem razão em tomar uma posição de princípio de reserva face à anunciada alteração estatutária das regras da União Europeia (UE). Os Acordos entre Estados não devem ser alterados ao sabor de conveniências ou incompetências e de maneira voluntarista, sobretudo, se jogam com as soberanias das respectivas Nações. Aliás, que se saiba, nenhum dos actuais governos europeus foi eleito com mandato para transferir para Bruxelas/Berlim mais nacos da soberania dos povos, que os elegeram. De acordo com as afirmações da Chanceler alemã e as notícias projecta-se isso mesmo. Depois, durante o processo negocial torna-se imprescindível ponderar com o devido cuidado as suas consequências, quer a nível interno de cada país quer para o complexo sistema decisório das instituições europeias. O deputados da Assembleia da República Portuguesa deveriam estar especialmente atentos, a começar por aqueles que compõem a maioria. Mais, um novo Tratado é desnecessário e redundante para haver disciplina orçamental e coordenação económica para enfrentar a presente crise financeira. Todos esses mecanismos já existem. O mau exemplo de desrespeito pelo esquecido pacto de estabilidade começou em Paris e Berlim. A memória não deve ser assim tão curta....Na actualidade, qualquer observador mais atento verificará que, à excepção da Espanha, são monarquias (algumas não integram o EURO) os países europeus institucionalmente mais estáveis e que melhor resistem ao descalabro financeiro.

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