Compreende-se a atitude cautelosa do PM português. Juntou-se à maioria. Face à dependência económica-financeira, tornar-se-ia incómoda outra posição. A prudência e recitação do "credo europeísta" assentam bem ao momento. Também mencionar "menor denominador comum" sobre o acordo intergovernamental aceite pela maioria, soando como crítica aqueles (ex:Reino Unido) que não permitiram uma revisão efectiva do Tratado de Lisboa, cai bem junto do eixo "merkosy" e transmite o sinal correcto aos chamados"mercados". Assim, o posicionamento discreto do chefe de governo adequou-se à conjuntura. Porém, o dr. Passos Coelho deveria, já, mandar os Ministérios das Finanças e Estrangeiros, analisar cenários e acertar posições para as negociações, as quais franceses e alemães quererão acelerar, considerando os seus próximos períodos eleitorais. Aliás, 2012, será "o ano de todas as eleições": Rússia, França, Alemanha (parciais) e EUA. Essa coincidência não será negativa para o nosso País, continuando a seguir-se com rigor as actuais políticas de austeridade. Deveriam mesmo ser endurecidas erradicando-se mais institutos, fundações, observatórios e secretarias de estado (na defesa, nos assuntos parlamentares, nos negócios estrangeiros, na educação, turismo e cultura, são apenas exemplos). Quanto mais se cortar nos tentáculos do estado melhor para a economia, finanças, actuais e futuras gerações portuguesas. Portugal mais equilibrado, gastando menos, verá crescer a sua capacidade de afirmação internacional e, consequentemente, aumentará as respectivas capacidades e margens de negociação com outros Estados.
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