sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Não é o primeiro caso...(sobre uma notícia relativa à deportação de uma família portuguesa do Canadá.

Não é o primeiro caso passado em terras (re)descobertas pelos quase lendários irmãos Corte-Real. Quase de certeza não será, infelizmente, o último. Se está correcta a notícia, a situação arrasta-se desde 2001. Pouco provável haver resposta positiva ao "pedido de clemência" dessa inutilidade chamada secretaria de estado das comunidades portuguesas. Criaria sério precedente. Bem, o problema ficaria com os canadianos.Como tantos outros emigrantes portugueses (outras nacionalidades também), a família em causa, primeiro procurou jogar na sorte, depois, mal aconselhada, nas prerrogativas da lei canadiana para refugiados (demonstra desonestidade- de Portugal, procurar refúgio de quê?) e, por fim, num processo de legalização humanitária, presume-se baseado nas raízes familiares, entretanto criadas. Estará o MNE português disposto a interceder em todos os casos semelhantes, os quais, no fundo, desprestigiam o próprio País? Tratar-se-á apenas de uma questão de humanidade? Não haverá muito oportunismo e aldrabice? O advogado mencionado aconselhou aqueles estratagemas? Quanto cobrou? Portugal também tem leis contra a imigração ilegal. E a emigração portuguesa nunca têve nada de excepcional. Conforme os casos e opções poderá ser motivo para tristeza ou de alegria. Lamentável ver esperanças e projectos familiares fracassados. Antigamente, poderia haver a desculpa do desconhecimento. Nos dias que correm, não há falta de recursos e meios para obter informações. As pessoas são responsáveis pelos seus actos. Face à lei canadiana mentiram e, desde 2001, conscensiosamente.
Todo este quadro revela ainda, de forma inequívoca, como é dispensável um secretário de estado das comunidades. Poupe-se e acabe-se com essa redundância.

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