quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Redundância (sobre um comentário de uma redactora do "expresso" relativo ao discurso do PR em 5 de Outubro).

Este comentário da sorridente redactora principal do "Expresso" Luísa Meireles constitui um mero eco, como o discurso a que se refere. Explicitando, como os seus colegas da televisão: o entrevistador faz as perguntas, o questionado responde, o mesmo repórter traduz as respostas para o público, pois a maioria dos prováveis espectadores não percebeu o português do entrevistado e, depois, em estúdio o apresentador, também jornalista, faz a síntese da "peça", acabada de ser transmitida...Assim, consegue-se obter, em "poucos" minutos, três versões do mesmo evento. Hoje, não se tratou de entrevista. Apenas um longo e monótono monólogo presidencial, com a agravante do dr. Cavaco Silva ser um mau orador. Conforme a citada redactora, como o eventual colega no estúdio procurando interpretar sinteticamente, houve as acções de "alertar" e de "avisar"do Presidente...só não se percebe, se foi o "alerta" que serviu para "avisar" ou se se foi o "aviso" que pretendeu "alertar". De facto, assim como a cerimónia na Praça do Município com políticos cumprimentando-se e osculando-se efusivamente revelou-se um daqueles momentos públicos irrelevantes, também o discurso do Chefe de Estado não foi mais que a repetição aborrecida de lugares comuns gerais e redundantes. Se o dr. Cavaco Silva tivesse dito estar sol e deveríamos todos utilizar protector solar, tratar-se-ia de "aviso" ou "alerta"?!Pois é...só que "dívida" não rima com "crescimento", este, contudo, pode já rimar com "pagamento"...não é verdade? Cumprimentos...

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