quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A mensagem, não o discurso. (sobre a declaração do PM relativa às linhas gerais da proposta de orçamento do estado, 2012)

A mensagem do PM Português foi correcta. E felicito-o por ter assumido publicamente e em primeira mão o anúncio de medidas tão duras. Talvez seja coragem política. Não tenho dúvidas que se trata, sobretudo, de sentido de responsabilidade. É implacável o conteúdo geral acerca do orçamento 2012. Profundamente desagradável. Robustamente recessivo. Porém, concorda-se: não há alternativa. Se algumas das propostas tivessem sido avançadas, há quatro/três anos, o País nem precisaria do actual apoio internacional. Agora, não basta anunciar.Torna-se imperioso executar adequada e cuidadosamente. Os Portugueses vão ser cada vez mais obrigados a poupar. Depois, tacticamente está bem engendrado. Apesar de continuar em posição muito débil, o Estado Português passa a ter, face à conjuntura internacional e, em especial, no seio da UE, algum lastro negocial para em futuro próximo, talvez, tentar negociar o alargamento do prazo, se tal for conveniente. E foi ainda importante, que tudo isto tivesse sido publicitado, antes do próximo dia 23, quando está prevista a adiada reunião europeia. Os próximos dois anos vão ser muito dolorosos. Espera-se que valha a pena. Agora, caro dr. Passos Coelho, o recorte literário do discurso é fraco e excessivamente longo. Solicite aos seus colaboradores mais atenção e, principalmente, talento...se não contrate alguém melhor. De facto, o momento mereceria algo com uma escrita mais...robusta. A própria imagem, a começar pela gravata de luto...votos de pêsames...nem tanto...

1 comentário:

  1. A ver se o orçamento recessivo é acompanhado por medidas de futuro que de facto mudem Portugal

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