quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Palavras sensatas (a propósito das declarações do PM Passos Coellho sobre a crise grega/europeia devido ao anúncio da realização de um referendo pelo seu homólogo de Atenas...)

As palavras do PM foram sensatas. De facto, não há vantagem em Portugal ser confundido com a Grécia. Depois o "nosso referendo"ocorreu, há quase seis meses, quando foram realizadas eleições gerais antecipadas. Nessa ocasião, o Povo Português deu a esmagadora maioria aos partidos, que subscreveram o acordo/programa com o trio das instituições internacionais fiadoras dos empréstimos, visando a reestruturaração das finanças portuguesas. Certo também o apelo à coesão nacional. Ontem, o momento e o lugar foram adequados; ao contrário do que se passou na capital do Paraguai, quando a ocasião e a cidade foram mal escolhidos para "desabafos" sobre "reajustamentos". O MNE mostrara-se igualmente sensato na Venezuela(Caracas?), quando interrogado acerca da questão grega (engraçado o Dr. Portas- acompanhado(?) pelo Secretário de Estado das Comunidades e mais não sei quantos empresários -continua no seu frenesim de repetir circuitos e métodos seu antecessor e do eng. Sócrates. Será que vão, desta vez, chover os tais "cerca" de não sei quantos milhões de petrodólares venezuelanos? - bolívares não interessam. Os barcos dos estaleiros de Viana do Castelo já vão a caminho? A propósito quem pagou a ida daqueles patrões? E dos jornalistas? Um repórter era da RTP no Brasil, pelo que a estação estatal enviou outra ao Rio de Janeiro para fazer mais uma reportagem ridícula sobre o "caso Duarte Lima"!? Sr.MNE isto não é uma "gordura" do estado? Apenas excrescência?). Dr. Paulo Portas: a coerência entre as afirmações na oposição e a prática governamental em relação aos custos/benefícios de tais iniciativas!?
Evidentemente,  a utilidade destas viagens são muito discutíveis. Como deverá ter acontecido com o incompetente PM anterior e respectivos membros governamentais, talvez se possa adivinhar que se tentou também convencer os venezuelanos a comprar dívida pública portuguesa- os governos do presidente Hugo Chavez, segundo consta, foram, há uns anos atrás, muito generosos com a Argentina, durante a enorme crise financeira que assolou aquele país. Caracas continua ainda a mostrar solidariedade militante com Cuba e muito boa-vontade face aos vizinhos caribenhos. A região do caribe não implicará muito dinheiro para o tesouro venezuelano, até porque a influência "boliviriana" poderá ser exercida através do petróleo. Para uma Argentina, hoje em dia, duvida-se que a Venezuela tivesse as mesmas possibilidades, pois o actual chefe de estado venezuelano depauperou as reservas monetárias do seu país (ainda existirão? até são capazes de existir algumas, atendendo ao preço do petróleo nos últimos anos).
A tonta redundância da tão apregoada "diplomacia económica" pode-se fazer com viagens governamentais. Agora, para negócios e exportações a sério e fluidas nunca  deverão ter chegado e, variadas vezes até poderão atrapalhar, sobretudo porque se criam falsas ilusões em empresários e na opinião pública em geral...(a Venezuela parece ser, aliás, um bom exemplo do fracasso desse tipo de iniciativas, porque todos os governantes portugueses e venezuelanos dizem, insistentemente, a mesma coisa e a balança comercial bilateral como está? Com tanta viagem, conversas e promessas, as trocas luso-venezuelnas já deveriam ter números muito significativos.Quase de certeza que continuam irrelevantes.) 

Sem comentários:

Enviar um comentário