segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E agora Espanha ( no seguimento de um artigo publicado no semanário "expresso" na sequência da vitória do PP nas eleições gerais e as perspectivas económicas sombrias para Espanha).

Quando o anterior governo de Lisboa estava ainda em estado de negação, já o seu homólogo de Madrid aplicava programas de austeridade no sector público. Como o artigo refere, a Espanha não cresce...pois é, na UE são raros os países a apresentar crescimento efectivo. As economias estão anémicas. Os glóbulos vermelhos são escassos e envelhecidos, assim como os investimentos capazes de gerar emprego. Os europeus começaram a gostar cada vez mais de trabalhar pouco,  a poupar menos e a gastar muito. Porém, os chamados e famigerados "mercados" na sua gulodice arriscam-se a matar as "próprias patas", que produzem os ovos de ouro. Estes são os juros e os estados europeus lá iam pagando. Entretanto, o dinheiro fácil esgotou-se, quando os esquemas financeiros de inspiração americana mostraram os seus limites de crédito fácil e ilimitado. Uma enorme massa de pequenos devedores deixou de poder pagar. Tiveram mais olhos que barriga como os respectivos estados e o mesmo pode acontecer agora aos ameaçadores "mercados". A sofreguidão pode-os fazer engasgar...O eixo Bruxelas/Berlim ainda não percebeu: precisa de mostrar argúcia. E não necessita de mudar quaisquer tratados. Apesar desta constatação, os espanhois vão sofrer ainda bastante. O novo PM é galego, o que é positivo. Terá sorte? Infelizmente e à semelhança dos finais do século XVI, obviamente por diferentes razões, o que se passa na economia em Espanha tem forte repercussão em Portugal...e não é apenas o preço da gasolina.

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