segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Greves (sobre o anúncio de greves, a primeira das quais no sector dos transportes).

A greve para ter efeito teria que ser um último recurso utilizado com muita parcimónia. Os sindicatos ao recorrer a greves deveriam também tomar em atenção a ambiência política. As greves anunciadas no sector dos transportes, na actual conjuntura, só servem para estragar mais a imagem das empresas falidas. Não preenchem, minimamente, aqueles dois critérios. E, de forma objectiva, são instrumento de propaganda do PCP e do BE, partidos políticos apenas interessados em criar dificuldades ou provocar histeria. Depois, em ambiente de crescentes dificuldades para os mais pobres, os trabalhadores dessas companhias (motoristas, cobradores, revisores, fiscais, maquinistas,etc) só lhes dificultam a vida. Mais, ao contrário do que pensam, contribuem, em termos práticos, para diminuir os prejuízos de exploração comercial, porque as administrações vão poupar em ordenados. Os grevistas não são pagos. Portanto, os administradores ineptos, acomodados e mesmo coniventes com situações de más gestões poderão, talvez, apresentar melhores resultados, no final do ano. Estas greves de nada servem e se pretendem impressionar os funcionários do FMI, do BCE ou da comissão europeia, cujas visitas foram anunciadas para esta semana, estão redondamente enganados. Os Portugueses são mais inteligentes, que os gregos. Perceberão, depressa, que movimentos grevistas a nada conduzem. Na actualidade, apenas prejudicam o País. No caso dos transportes aceleram ainda mais degradação das respectivas empresas.

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