terça-feira, 27 de setembro de 2011

Uma vez mais...(ainda sobre o tema diplomacia/economia).

A  "diplomacia" nunca excluiu a promoção de interesses económicos. Se exercida de maneira competente, foi sempre, inegavelmente, económica. E os portugueses sabem-no. Portugal foi o primeiro Estado europeu a praticá-la, de forma permanente, à escala global. Desde a chegada à Índia, nos finais do século XV e ao longo da centúria seguinte, a Coroa Portuguesa instruía sempre os seus representantes a tentar estabelecer relações de comércio com os novos potentados. Por exemplo, o segundo visitante oficial português ao Reino do Sião, nos primórdios de quinhentos, levava consigo uma proposta de tratado comercial. Contudo e é importante não esquecer, o relacionamento comercial com a entrada, em 1986, na CEE/UE passou a ser regulado por regras comunitárias e controlado a partir de Bruxelas. Conseguir, como se diz agora, "alanvacar" as exportações e atrair investimento estrangeiro, além de exigir coordenação, pressupõe empenhamento sério, planeado em conjunto com privados; porém, prudência, porque assim como nem tudo o que brillha é ouro, nem todos os interesses são legítimos ou legais. Presume-se ainda, que a intervenção de "embaixadores"deverá ser ponderada e avisada Há leis internacionais de enquadramento para as respectivas actividades, ou não? Diplomacia e economia sempre andaram mãos dadas e se nalgum momento se excluiram foi porque os governos estavam distraídos ou foram incompetentes e, talvez, os funcionários desleixados. Não se "invente a pólvora". Haja antes: reflexão, definição de prioridades, planeamento e acção. E mais um detalhe: não se propague tudo o que constituiu objecto de análise e eventuais conclusões de forma leviana. Sejamos todos "homens bons" para bem do País, mas não sejamos ingénuos e trapalhões.

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