segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Será mesmo verdade...?! (a propósito de declarações do dr.Braga de Macedo relativas às conclusões de um grupo de trabalho formado para estudar o desenvolvimento da "diplomacia económica". Conforme as notícias do "expresso", assinavam ainda esse estudo o Embaixador António Monteiro e o dr. Campos e Cunha).

Presume-se que a notícia reproduz de maneira fidedigna as principais conclusões do relatório dos "homens bons", de Agosto de 2011. Portanto, primeira evidência: apanharam uma insolução ou o ar condicionado estava mal ligado, retirando oxigénio para um funcionamento cerebral normal de tamanhas luminárias. Segunda hipótese, trata-se de uma obra surrealista e daí nada do que se diz,  corresponde,de facto, à realidade, havendo algures um provável subtexto inintiligível para o comum dos mortais...Então vamos pôr as "secretas" a trabalhar nessa coisa da diplomacia económica (qualquer dia haverá um curso universitário com esse nome) e dizemos a toda a gente que o PM é o principal responsável da espionagem?! Comercial?! Industrial?! Económica?! Depois, temos a presidência do Conselho de Ministros, o MNE, o Ministério da Economia, todos a comandar essa ciência exotérica que é vender vinho do porto, azeite, lanifícios, sapatos, sol, etc, etc...pasme-se: inventaram ainda essa figura extraordinária e fulgurante do "embaixador itinerante", que deverá ser uma espécie de caixeiro viajante com ar fino e aprumado...será que estão a pensar neles próprios para desempenhar, sacrificadamente, essa tarefa de carregar com as amostras daqueles produtos (não esquecendo a sardinha assada- implicará um fogareiro e carvão para essa iguaria "made in Portugal" e, claro está, o computador cagalhães) por esse mundo fora, de certo, transportados em jumentos, como os antigos almocreves. Valha-nos Santa Maria...será verdade?
Finalmente, quanto custou este estudo ao erário público? Aqueles senhores e respectivos assistentes (não é provável que tenham trabalhado sózinhos) fizeram tudo sem cobrar quaisquer honorários?
Assim, qualquer diplomata, membro do AICEP ou mesmo empresário poderá ser sempre encarado como potencial espião português ou, no mínimo, elemento dos respectivos serviços de segurança e informação do Estado. 
O pudor, o bom gosto e, sobretudo, o sentido de oportunidade (estamos a dever a toda a gente e propaga-se que para aumentarmos as exportações ou atrair investimentos pomos a "secretas" ao barulho) aconselhariam rigor e ponderação em conferências de imprensa protagonizadas por homens, que deveriam transmitir  uma imagem de experiência e bom senso.

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