sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cortes...(a propósito do anúncio de cortes em Ministérios que tratam dos "assuntos sociais").

Desconhece-se a especifidade dos cortes sectoriais referidos nas notícias, assim como a distribuição pelo País. Positivo é o facto do Governo assumir inequivocamente, talvez pela primeira vez em muitas décadas e, tomado a decisão de reduzir, de forma substancial e sistemática, gastos em estruturas do Estado consideradas intocáveis, até há pouco tempo; negativo, transparece haver apenas uma referência à variável de diminuição de custos em gabinetes ministeriais, pois aí, mesmo simbolicamente, a redução de despesas deveria ser mais "robusta", para utilizar uma palavra, que o actual chefe de governo tanto gosta. Claro está, esta contracção financeira em projectos tão representativos do chamado "estado social" acontece na pior altura para as pessoas...porém, qualquer momento para tomar esse tipo de decisão nunca seria considerado bom e, muito menos, popular. Espera-se que os mais desfavorecidos, sobretudo os idosos, sejam especialmente acautelados e protegidos. Agora, se os diagnósticos estão correctos, face aos números conhecidos das contas de todos aqueles serviços, os "cortes" anunciados não serão suficientes (nem com o aumento de impostos) para se conseguir a sobrevivência de serviços sociais com o mínimo de qualidade. Existe a possibilidade, como no passado, de, continuadamente, disponibilizar mais recursos financeiros e, depois, passados poucos anos, ficar tudo reduzido à indigência, atendendo não haver dinheiro para pagar técnicos/especialistas de boa qualidade nem fornecedores...

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