quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Julgamentos...talvez (durante um debate e a propósito das posições do dr. Alberto João Jardim, o dr. Medina Carreira expressou a ideia que muitos governantes deveriam ser julgados devido à forma como utilizaram o dinheiro público).

Tem razão, de repente, o Dr. Medina Carreira, filho do antigo Império com as suas oito décadas de experiência. Todavia, os políticos responsáveis pela actual situação financeira catastrófica foram eleitos. Mais, reeleitos. Passou-se com os engs. Guterres e Sócrates do PS, os PMs com as maiores responsabilidades pela presente crise. Os governos dr. Cavaco Silva têm também parte da culpa, promovendo a mediocridade e o despesismo, aumentando a máquina do estado e insistindo nas piores escolhas, como por exemplo na área da educação; mas, reconheça-se, não deixaram as finanças públicas numa lástima. Entretanto, as chamadas áreas da soberania, como a segurança e, fundamentalmente, a Justiça, eram esquecidas e, variadas vezes, objecto de experiências espúrias. Enquanto o dinheiro durou, melhor, enquanto o crédito não parecia ter limites, toda a gente andou feliz e contente e alguns "velhos do restelo" eram considerados apenas aves de mau agoiro e afastados. Pois é "ladrão em casa, trancas à porta...". Independentemente de julgamentos (em muitos casos seriam bem merecidos), talvez fosse útil os portugueses, com a sua história de séculos, reflectissem e deixassem de aplaudir, apoiar ou seguir os alquimistas das promessas fáceis, que gastam o dinheiro do erário público em redundâncias, clientelismos e vaidades. Apoiem antes aqueles semelhantes às antigas e boas donas de casa, prudentes nas atitudes e parcimoniosas nos gastos. E lembrem-se sempre, não há nada grátis:antes, agora e no futuro tudo foi, é e será pago.

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