segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tempestade...(a propósito de um artigo abordando a possibilidade das condições da economia mundial agravarem-se devido à inflação na China e na Índia, problemas nos EUA consequência da dívida pública e estagnação no Japão).

Quando os navegadores portugueses no século XVI criaram as condições para a globalização, nunca chamaram "perfeitas" às tempestades. Contudo, aprenderam a reconhecê-las e a procurar evitá-las. Tinham saber. Muitos anos passaram e Portugal caiu nas mãos de maus comandantes. Não foram avisados face aos augúrios das péssimas condições atmosféricas e desfraldaram ainda mais as velas, provocando o naufrágio financeiro actual. A ignorância e a imprudência pagam-se caro. Se os sinais estão correctos, os actuais timoneiros em Lisboa mostram-se prevenidos e, sobretudo, prontos para enfrentar os maus tempos. Estes estão aí para ficar, durante algum tempo. Interessante na notícia, o facto da Europa/União Europeia (UE) estar ausente como interveniente relevante na vaga previsão da metereologia económica. Pois é, referem-se China, Japão, Índia e EUA, ou seja as centenas de milhões de europeus e respectivos Governos parecem contar pouco como actores de primeiro plano num mundo, onde a decisão situa-se cada vez mais a oriente. Quando a Sra. Hilllary Clinton assumiu funções viajou primeiro na direcção do Pacífico e só depois visitou as costas do Atlântico, que para ela, americana, são ainda orientais. Após a primeira década do presente milénio, confirma-se o que os últimos 50 anos do anterior prognosticavam, o ocaso europeu. Para este nosso belo País, poderá ser uma oportunidade se, como antigamente, nos "regimentos" da navegação constarem instruções prudentes e objectivos audaciosos. Conciliar ambos, eis a questão..

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