quinta-feira, 30 de junho de 2011

Início (a propósito da notícia sobre a criação de um imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal, durante a apresentação do Programa de Governo PSD-CDS).

Não pode constituir surpresa a cobrança do imposto sobre o"subsídio de Natal". De extraordinário só o nome. Inevitável e não será apenas este ano. No próximo, de uma ou outra forma, será igualmente cobrado. Talvez logo sobre o 13º mês e nem imagino a atribuição do nome, possivelmente "imposição excepcional"...os portugueses em geral (não são os únicos) trabalham, em média, cerca de 11 meses por ano e recebem 14. O aumento do IVA deve estar a chegar. Agora, o anúncio daquela "nova" e reforçada contribuição foi efectuado com inusitada delicadeza, em tom de contrição, antes do pecado. Arrepiar caminho do consumismo desenfreado, deverá, certamente, implicar alguma indulgência. Interessante o tom humilde e didático como o novo Ministro das Finanças dialogou, hoje, com os deputados. Parecia um velho escolástico, procurando explicitar o mistério da "revelação" acerca da imperiosa necessidade de vasculhar mais os bolsos rotos dos contribuintes. Porém, não conseguiu converter os gentios da esquerda, enquanto os membros do seu capítulo ficaram deliciados com a homilia de tanta sageza. Assim, tivemos um debate considerado por alguns como "morno". Faltou a crispação dos últimos 6 anos. Pois é, o Dr. Vítor Gaspar assemelhou-se a um "valium" com efeitos sudoríficos sobre os outros. Estranha combinação. Todavia, os 11 ministros e a exagerada quantidade dos 35 secretários de estado não adormeçam. Têm pouco tempo e o País está bem acordado. E a audiência na próxima vez já não ficará surpreendida...

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