terça-feira, 14 de junho de 2011

A pressa (a propósito das notícias sobre a formação do Governo e a celeridade pedida pelo Presidente da República).

Afinal que pressa tem o Presidente da República? São quatro (os "verdes" são vermelhos matizados) os partidos parlamentares e são necessários dois dias para receber os respectivos líderes?! Quando é sabido que a maioria de deputados (PSD-CDS) para um Governo maioritário e estável está alcançada?!Francamente, ao menos os actores, sobretudo o principal que é Presidência da República, deveriam mostrar-se mais afoitos e deixarem-se de jogos gongóricos, permitidos pela actual constituição, concebida e aprovada em outras eras. O Palácio de Belém nem tem traça barroca. Se fosse em Queluz, onde o rococó é bem visível, ainda se percebia este cerimonial do entra e sai...Depois, somos capazes de ter de perder mais tempo por essa invenção absurda de deputados portugueses eleitos "pelo resto do mundo". Quem mantém essa monstruosidade deveria pagar os impostos, que a esmagadora maioria dos potenciais eleitores residentes na Europa e nos outros quatro continentes (e não digo seis ou sete porque, que se saiba, não há esquimós ou pinguins de origem portuguesa...e daí é melhor não apostar, pois posso enganar-me) não paga, mas tem direito a voto. Há certas ideias, que numa determinada altura podem parecer justas e generosas. No entanto, o tempo, pai da experiência e da sabedoria, demonstra que não são razoáveis. Se recenseado o emigrante deve votar, mas por correspondência. Não faz sentido, no século XXI, estas Tordesilhas escleróticas. Numa monarquia constitucional não seriam necessários aqueles simulacros fastidiosos.

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