sábado, 18 de junho de 2011

A opção Fernando Nobre II (a propósito de uma entrevista do dr. António Capucho ao DN e a possibilidade daquele candidato do PSD à Assembleia da República não ser eleito).

A eleição ou não do dr. Fernando Nobre para Presidente da Assembleia da República é, no contexto actual, absolutamente secundária. Se o dr. Passos Coelho conseguir que a personagem seja eleita obtém uma vitória moral; se não, livra-se de um estorvo e a imagem perante o País sai incólume. Haverá analistas a apontar falta de pulso no partido, desprestígio, etc. Porém, os Portugueses em geral estarão pouco atentos ou preocupados com a Presidência da Assembleia da República, exceptuando os comentadores habituais, os quais têm, aliás, essa obrigação. Depois, o dr. Nobre, insisto, constitui figura irrelevante, apesar do número de votos obtidos, nas últimas eleições presidenciais - mais de cem já seriam uma vitória e até obtêve algumas dezenas de milhares, pelo que já desfrutou dos seus 15 minutos de fama...Há pessoas, como o Sr. Manuel Alegre ou como aquele médico, que não compreendem que são fenómenos momentâneos, consequência de circunstâncias específicas. São artistas de um só "single". Vendem bem uma vez e acabou. Após esse primeiro sucesso, ficarão sempre pelo meio ou, mais frequentemente, pelo fim da tabela dos mais vendidos. O dr. Capucho, político experiente, deveria, agora, estar calado ou então abrir a boca apenas para apelar aos militantes do seu partido e restantes pessoas para se mostrarem solidárias com os objectivos difíceis e muito árduos de alcançar do próximo Governo. Não se percebe a poluição parlamentar de alguém que recusou ser candidato a deputado, os ares de Cascais até são saudáveis, ou não?

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