segunda-feira, 6 de junho de 2011

Obrigação. (sobre o anúncio que o Presidente da República convidou o líder do PSD para formar Governo, em consequência dos resultados das eleições legislativas de 5 de Junho).

O Presidente da República não fez mais que a sua obrigação. Aliás, mostrou mais rapidez que o habitual. E tomou a iniciativa. Algo raro, para quem tem privilegiado a atitude majestática, os recados subreptícios, as mensagens electrónicas e as subtilezas epistemológicas da política palaciana. Mais uma vez a fortuna sorriu-lhe. O resultado eleitoral está de acordo com o seu principal objectivo: afastar o Eng. Sócrates do poder. Porém, é importante não esquecer, que o Prof. Cavaco Silva é dos principais culpados políticos da actual situação do País: a sua inércia no Verão de 2010- calculista, pois estava em fim de mandato e a pensar em recandidatura- tornou inevitável a continuidade no poder de um Governo minoritário e incapaz, contribuindo para uma maior degradação das finanças públicas. O próximo Governo, se quiser servir adequadamente Portugal, vai ter uma actuação muito difícil e impopular. Portanto, é relevante que tome posse o mais cedo possível e, desde o início, assuma as imprescindíveis medidas drásticas, por forma a conter e a controlar os problemas financeiros. Assim, talvez dure os quatro anos e, no último ano e meio do respectivo período governamental, consiga apresentar-se como honesto e eficaz, sobretudo mostrar sucesso face à conjuntura actual, que o conduziu ao poder. O Dr. Passos Coelho, na sua vida política, é semelhante ao actual Chefe de Estado, tem sorte.Também partilha a mesma origem de província. Para bem de Portugal, espera-se que tenha mais talento, firmeza e determinação.

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