segunda-feira, 18 de abril de 2011

Finlândia...(a propósito dos resultados eleitorais finlandeses do dia anterior).

A Finlândia, país de lagos, gelo, renas, independente desde 1917, contando com pouco mais de metade da população de Portugal, têve o desplante de fazer assunto de campanha eleitoral, o possível apoio financeiro ao nosso País, por parte dos países da Zona Euro da União Europeia(UE). Lá como cá, reina o EURO. Foi um partido de características xenófobas, que deu grande relevância ao tema. Por isso, gozou de grande cobertura, designadamente nesta nossa terra feliz e solarenga. Apenas com menos de 1% da segunda formação partidária mais votada, transformou-se na terceira força parlamentar, depois das eleições de ontem. Significa que os finladeses, além de velhos, estão a ficar senis. Sim, a Finlândia tem uma das populações mais envelhecidas da Europa Ocidental e, mesmo assim, faz do chauvinismo motivo de coesão nacional. Notável. No entanto, compreendo a reacção: porque carga de água, um finlandês de mais de 60 anos, que durante seis meses quase não vê luz do dia, tem de contribuir para pagar as despesas provocadas por erros e má administração de um Governo incompetente, a milhares de KM de distância?! Ainda por cima, os Portugueses têm tudo (história, passado glorioso, sol, vinho, praia, etc), o que ele gostaria de ter! Como os finlandeses, muitos outros europeus pensam o mesmo. A solidariedade na UE serve-se a frio e com altos juros. É evidente, a culpa de Portugal passar por estes enxovalhos é dos governos socialistas chefiados pelo Eng. Sócrates. Ter um qualquer lapão preocupado com a dívida portuguesa é triste e não é fado; antes, talvez, a melancólica angústia de Sibelius.

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