sexta-feira, 22 de abril de 2011

Compromisso minimalista. (a propósito de uma "moção-compromisso nacional" promovida para subscrição pelo semanário Expresso e subscrita por uma série de personalidades dos mais variados sectores, nomeadamente por ex-Presidentes da República).

Esta declaração de intenções tem 6 anos de atraso. Melhor, 15 anos. Antes dos finais dos anos noventa do século passado, a maioria destas personalidades, que desde 25 de Abril de 1974 e algumas mesmo antes, detêm lugares proeminentes na vida socio-político-económica do País, já poderiam ter alertado para a sucessão de erros financeiros ou adoptado este tipo de atitude. A maioria não o fez. Pelo contrário, directa ou indirectamente beneficiaram. Esses senhores nunca conseguiram efectuar a revisão profunda e adequada da Constituição... pois é, como diria a minha avó: "em casa roubada trancas à porta". Mais deixaram "malandros" entrar. Sim, o Dr. Barroso, o Eng. Sócrates e respectivos acólitos cresceram e multiplicaram-se, durante o tempo que muitos dos mais conhecidos promotores desta "moção" ocuparam lugares de poder. Nutriram e apadrinharam mediocridades, deixando-as herdar os lugares de chefia do Estado. E mesmo agora, ao pedirem unidade e ao pretenderem fomentar o consenso político, não mostram a coragem de apontar clara e univocamente para os culpados da situação financeira gravíssima, que Portugal atravessa. Os principais responsáveis são o actual PM e o respectivo partido. Assim, entendo esta proposta de compromisso como um acto de contrição de alguns dos seus mais destacados subscritores. Compreendo, "mais vale tarde que nunca". Não sou amigo ou companheiro de caminho de qualquer deles. Portanto, não subscrevo.Votarei. Aliás, não me sinto com o direito de procurar condicionar a votação dos milhões de Portugueses.

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