domingo, 10 de julho de 2011

Um novo Estado em África.

Releve-se a proclamação da Independência da República do Sul do Sudão. Rara e arduamente, os países africanos têm encontrado soluções para as linhas fronteiriças impostas pelas potências coloniais europeias, no século XIX, sobretudo, a partir da Conferência de Berlim de 1884 - esta trouxe, em última análise, consequências nefastas para Portugal, apesar do seu Governo ter sido um dos promotores. Com a multiplicidade de grupos étnicos aquele novo estado está longe de se basear numa nação homogénea. Contudo, a generalidade da respectiva população rejeitava, talvez desde sempre, a integração política no norte sudanês. Reprimidos, primeiro, pelas administrações anglo-egípcias e, após a independência do Sudão em 1956, por regimes dominados pelo islamismo, os povos "nilotas" conseguiram, finalmente, criar uma entidade independente. Apesar do petróleo, a prosperidade não está assegurada. Como outros países perto mostram, o "ouro negro" não é sinónimo de riqueza geral e de felicidade para a maioria dos seus habitantes. O novo Governo português demonstrou-se insensível ao que se passaria em Juba. Fez-se representar por um Embaixador reformado, que não tem, que se saiba, qualquer cargo. Mal. Do Ministério dos Negócios Estrangeiros com Ministro, três secretários e uma subsecretária de estado, ninguém estava disponível?! Talvez o calor, mencionado pelo velho diplomata, afastou os actuais jovens titulares políticos da diplomacia portuguesa?! E a falta de visão também...um país novo, em África, a precisar de tudo...francamente.

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