quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ensino Primário (a propósito dos maus resultados nos exames de Português e Matemática do 9º ano).

A massificação do ensino intensificada nos anos 60 e 70 do século passado piorou, em termos gerais, a qualidade das escolas. Atenção, não é defeito haver a possibilidade efectiva de cada vez maior número de crianças e adolescentes terem acesso a mais escolaridade (muito pelo contrário). Fenómeno e resultados semelhantes passaram-se, praticamente, em toda a Europa. Burocracia, escolas e professores não estavam preparados. As máquinas estatais reagiram tarde e mal, pois estavam alheadas do crescimento demográfico, das promessas dos políticos e, sobretudo, das aspirações dos cidadãos em procurar dar aos filhos melhores oportunidades. Ontem e hoje, o fulcro da questão da aquisição do saber, que é cumulativo, está no "princípio". Este acontece na "escola primária". Os critérios de exigência a todos os níveis baixaram, a começar pelas próprias famílias- na sua grande maioria, apenas se preocupavam ou preocupam-se se os filhos passam os anos e se nada lhes acontece. Por outro lado, a qualidade e a quantidade de conhecimentos parece que diminuiram, assim como os critérios de comportamento...saber ler, escrever e a tabuada deixou de ser o essencial...as crianças não podiam ser "traumatizadas". Depois, o ensino passou a ser campo para todo o género de experiências... Aliás, não sei se aquela teoria, que fez escola, que corrigir erros ortográficos constituía factor inibidor da criatividade dos petizes não continuará em vigor...espero bem que não, até porque é de incompreensível utilidade...

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