O Ministro dos Negócios Estrangeiros(MNE) errou ao enviar um Embaixador reformado a representar Portugal na proclamação da independência da República do Sul do Sudão. Inócuas as afirmações gerais sobre a importância da Língua Portuguesa e a respectiva prioridade- todos os titulares disseram o mesmo. O primeiro périplo de viagens pelos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP) bem escolhido...passo apressado e decidido, abraços calorosos e constantes...talvez o Dr.Portas já conhecesse os interlocutores, antes das visitas. Nota-se vontade em transmitir a imagem de azáfama dinâmica e bem disposta. A diplomacia ontem e hoje faz-se devagar, apesar do avião e da "net". Atenção às respostas argumentativas, o público e os jornalistas habituam-se. Aconselha-se menos verbosidade. Porém, a energia e boa disposição são recomendáveis. Tardias as declarações sobre a Líbia. Mencionou interesses portugueses em território líbio...mas, que se saiba, o muito pouco de português lá existente não "residia" em Bengazi, sim em Tripoli, ainda controlada pelo facínora do Kadafi...Adequada a ida a Lima para assistir à tomada de posse do novo Presidente peruano(diplomatas reformados, mesmo ex-Ministros enviam-se para ocasiões meramente protocolares com pouco ou nenhum significado político). Portanto, a acção do novo MNE pauta-se, até ao momento, pela correcção quanto baste. A procissão ainda vai no adro. O MNE terá dinheiro? Em austeridade é útil ter presente, que política externa é cara e não dá votos...
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