segunda-feira, 30 de maio de 2011

Trio ou rizoma (a propósito da notícia da SIC sobre a preocupação do trio das instituições internacionais, fiadoras de empréstimos a Portugal, que o futuro Governo Português não pague em devido tempo o dinheiro emprestado).

A troika é um trio. Não é de Odemira. Infelizmente. O tal agrupamento institucional, composto por FMI, BCE e UE, parece que prefere o silêncio dos gabinetes. Não é receptivo à música, nem à daquele famoso cinquentenário trio português. Este tem raízes bem fundas e é nosso. O outro é apátrida e parece mais um rizoma, espécie de caule subterrâneo, cujo conteúdo só é visível ao cavar-se a terra, porém não é raiz. Pois é, os Governos do PS tanto esburacaram as finanças portuguesas, que deram de caras com aquele espécime botânico. Agora, revela-se uma praga. Necessária e de alimento. É exigente. Compreendo-o, porque as sondagens ainda apontam como possível uma vitória eleitoral do Eng. Sócrates. E assim receia não medrar, morrendo sem água e nutrientes, ou seja não receber o dinheiro emprestado e os respectivos juros. De facto a miragem de uma vitória PS é assustadora. É um rizoma de especial cuidado. Precisa de estar bem agasalhado debaixo da terra. Acomodado. Seguro. Os buracos orçamentais socialistas, os riscos de calotes, a vertigem da velocidade constituem elementos altamente perturbadores para o eco-sistema de rizomas habituados às estufas de Washington, Frankfurt/Berlim e Bruxelas. São ambientes delicados. E esta coisa das eleições portuguesas com arruadas, jantares, almoços, bombos e discursos, com chuva e sol, tudo à mistura, não se coaduna com a sua natureza. É muita excitação. Não se preocupem. Portugal trata, há séculos, dos rizomas de todo o mundo. Aliás, ajudámos à sua expansão. Garcia da Orta que o diga...

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