terça-feira, 3 de maio de 2011

E mais uma vez...(acerca das declarações do PM Sócrates, antecipando o anúncio do programa concreto acordado com as três instituições internacionais, que servirão de fiadoras para o grande empréstimo, que vai ser concedido a Portugal).

A desfaçatez do Eng. Sócrates não desarma. Não é que disse que as medidas serão as mesmas do PEC4, "só que mais aprofundadas e haverá outras novas". Bem, ou são as mesmas ou não são; se são aprofundadas não são iguais e se haverá "novidades", afinal já seria, para aí, o PEC 5º ou o 50º, ou não?! Depois, gostei da cara bem-disposta e solidária com o PM do ainda Ministro das Finanças. Num primeiro momento, até pensei que fosse o guarda-costas do Chefe do Governo, porém, ao segundo olhar, notei que se tratava do decidido e, às vezes, bonacheirão do Dr. Teixeira dos Santos. O Eng. Sócrates não anunciou nada de concreto. Apenas apareceu para mistificar, procurando antecipar-se ao anúncio do programa, que o apoio financeiro internacional vai obrigar o Estado Português a adoptar e a cumprir. E o PSD caiu na armadilha e veio comentar nada. De facto, só o Governo é que já deve saber, as implicações efectivas da austeridade, que se avizinha, na vida do dia-a-dia da população portuguesa. O PM deveria ter mostrado respeito pelos portugueses e, portanto, recato: ou anunciava de maneira detalhada e clara, quais as linhas programáticas do que foi acordado com as instituições financeiras internacionais ou então estava calado, não criando equívocos. Se não houver já este ano cortes salariais directos, foi porque o trio internacional se deixou convencer em conseguir resultados idênticos através de forma alternativa e em protelar a obrigação de algumas reformas financeiras, atendendo ao período eleitoral português.

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