domingo, 20 de março de 2011

A operação "Odisseia ao Amanhecer" (sobre a intervenção da Europa e EUA contra o regime do Coronel Khadafi na Líbia).

Duvido que o Ulisses tenha andado pelas praias líbias. Mas os militares, suponho, gostam de referências clássicas e alvoreceres resplandescentes. Seria útil uma adequada coordenação com os chamados "rebeldes" líbios. Certamente, já pensaram no assunto. Entretanto, o Presidente Obama iniciou a sua guerra. E a prisão de Gantanamo ainda não foi desmantelada. É o destino da única super-potência. Na actualidade, os EUA têm tropas em conflitos, no Iraque, Afeganistão e Líbia. Continuam com forças estacionadas na Europa, Ásia Menor, Índico, Coreia do Sul, além de no imediato exterior dos seus territórios, no Pacífico e Atlântico. Com George W Bush chegaram a ser intitulados de desestabilizadores e agora? As forças europeias demonstram alguma agressividade. Mais vale tarde que nunca. A Rússia e a China não vetaram a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, porém condenam a respectiva consequência. Complexos? Má consciência, porque agiram positivamente? E a Liga Árabe primeiro apela à chamada "Comunidade Internacional" e, mais tarde, critica-a!? Detalhes. A Europa e os EUA, de maneira hesitante, tomaram a atitude correcta. Portanto, como é que vão acabar o que iniciaram? Se o clã Khadafi não se render? E se houver rendição? Seria útil que os líderes europeus e a administração norte-americana, em conjunto, reflectissem e planeassem sobre a Líbia pós-Khadafi. Concluíssem da utilidade em estacionar, talvez durante uns anos, uma força de paz com o explícito acordo dos novos dirigentes líbios.

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