quinta-feira, 24 de março de 2011

Ainda sobre a Líbia.

Uma razão para a existência de Estados é a segurança dos seus cidadãos. Uma guerra civil e a possível vitória de um regime torcionário na fronteira da Europa, constitui óbvia ameaça à segurança nacional de vários países. As Forças Armadas servem para combater e não apenas para desfilar. A guerra é terrível e com prováveis consequências horrorosas. No entanto, circunstâncias tornam-na muitas vezes impossível de evitar. Erradicar o regime de Khadafi é um imperativo para a segurança europeia. Mais, há a obrigação moral de não permitir o massacre das populações civis líbias e procurar controlar mais uma origem de imigração clandestina. As reservas de petróleo líbio são importantes para o continente europeu. Portanto, não se percebe a hesitação dos Estados Europeus em assumir clara e inequivocamente o comando e a iniciativa das operações militares. E se as opiniões públicas não reagem positivamente, paciência. Governar não é sinónimo de agradar. Depois, os governos têm a obrigação de explicar, quantas vezes for necessário, a imprescindibilidade de certas decisões. Será que a Europa nada aprendeu com o conflito da Jugoslávia?! Hesitações e cobardia provocaram milhares de mortos e, mais tarde, a formação de entidades estatais espúrias e inviáveis. Paz e desenvolvimento económico na região sul do Mediterrâneo são importantes para os EUA, porém essenciais para a Europa. O regime líbio, agora moribundo, foi sempre fonte de perturbação e, no passado recente, abrigo de terroristas.

Sem comentários:

Enviar um comentário