sexta-feira, 18 de março de 2011

A força ainda é útil...(sobre a declaração líbia de cessar fogo depois do CS das Nações Unidas ter aprovado uma resolução, autorizando o uso da força para conter as forças do Coronel Khadafi).

Kadhafi pretende manter-se no poder na Líbia a todo o custo. E se o MNE Musa Kusa (ex-chefe dos serviços secretos líbios e coordenador do atentado de Lockerbie. Não há muito tempo esteve em Lisboa com o Dr. Luís Amado, o anacrónico MNE português) ainda se mantém em Tripoli, implica que o clã do líder líbio julga ter algumas possibilidades. Quais e como? Não se sabe, até talvez só mesmo os dromedários, pastando junto à tenda do estridente Kadhafi o saibam. O regime prefere, de momento, manter alguma força militar, do que correr o risco das suas tropas serem esmagadas, como aconteceu a Saddam Hussein no Iraque. Depois das ameaças de esmagamento dos chamados rebeldes, segue-se a matreirice: o filho apreguou a força, o fiel sicário aplica a astúcia.Constata-se assim a aparente flexibilidade de Khadafi, um citadino das ruelas de Sirta, armado em cameleiro do deserto. Será interessante ver como os líderes europeus respondem a esta tomada de posição líbia. Espera-se que tenham a clarividência de exigir rendição incondicional e julgamento na cidade de Haia para para toda aquela família e para os seus servidores criminosos. Neste momento, o PM italiano ou o Governo maltês não deverão ser capazes de contrariar o inexorável fim de Khadafi. E Sra. Merkel, porquê a abstenção da Alemanha na votação do Conselho de Segurança, de ontem? Não foi o seu país a sofrer um atentado numa discoteca, que foi planeado e financiado em Tripoli?! Mistérios da dialética hegeliana ou não?

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