quarta-feira, 16 de março de 2011

E nada disse (a propósito da entrevista à SIC do Eng. Sócrates, dia 15/03/2011).

Confesso, não vi toda a entrevista do Eng. Sócrates, apenas excertos. Nada de novo vislumbrei ou escutei. A imagem mantém-se, de há meia dúzia de anos: homem cinzento, tipo "regisconta" de outras épocas e o discurso igual, entre a vitimização e a auto-promoção. Portanto, Eng. Sócrates no seu melhor. A quase novidade constituiu o anúncio, que não terá condições para continuar como PM, caso o novo PEC seja chumbado no Parlamento, com o parênteses que nem precisava de ser votado favoravelmente. Bastaria a abstenção. Deduz-se: nem precisa do apoio do PS. Ressaltou ainda, ao Eng. Sócrates só lhe interessa o que pensam os patrões das instituições europeias, que reflectem o pensamento da Sra. Merkel/seu Ministro das Finanças. Em Portugal, a crise política já existe há bastante tempo. As eleições poderão proporcionar ao País um Governo com base maioritária. Importante é afastar, de uma vez por todas, o actual PM. E o PR até poderá continuar irrelevante, como até aqui, falando na terceira pessoa para nada dizer que o comprometa. Infelizmente, a próxima equipa governativa, que não deverá ter mais que 10 a 12 ministros e mais uns poucos secretários de estado, terá que tomar medidas muito difíceis e impopulares para corrigir o enorme défice do Estado e sobrará pouco para investimentos públicos. Seria bom que Portugal passasse a ter, finalmente, um Estado modesto preocupado como o essencial: segurança, justiça, relacionamento externo e equilíbrio social. É para isso que o Estado existe.

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