sábado, 14 de janeiro de 2012

A resposta...(a propósito de declarações do ministro de assuntos parlamentares sobre a decisão das agências de avaliação/classificação financeiras em baixar de nível a capacidade financeira de nove países da zona euro, incluindo Portugal).

A resposta tem de ser portuguesa. Essa atitude de se remeter para a abstracção "europa" responsabilidades de fazer face a obstáculos, conduziu Portugal a crescente dependência de instâncias internacionais e à acefelia de governantes e instituições, afogadas em mecanismos burocráticos da União Europeia(UE). Não se age, há anos. Espera-se e reage-se apenas e sempre em função de chamados estímulos "europeus", os quais não podem ser controlados por portugueses. As análises das agências financeiras de avaliação/classificação traduzem opiniões sobre o óbvio e representam interesses que não são nossos. O actual governo em resultado do acordo internacional, prossegue, de forma geral, as políticas de austeridade correctas. Todavia, parece estar a perder ímpeto: as recentes e escandalosas nomeações, o estúpido arrastar de negociações na chamada concertação social, onde se insiste em querer misturar "azeite e água", o adiar das imprescindíveis reestruturações nas autarquias em conjunto com declarações infelizes de altos-responsáveis, incluindo o PM,  parecem indicar já cansaço, quando a tarefa mal começou. O único caminho económico-financeiro viável para a recuperação a médio/longo prazo continua a ser aquele, que tem sido trilhado, até agora. Porém, importa não perder energia e determinação. A curto prazo, qualquer alternativa de afouxamento, afundaria mais o País e traria maior miséria aos portugueses. Nos tempos mais próximos, a atitude correcta não dará simpatias nem votos ao governo. A tarefa continua a ser muito árdua. Contudo se os governantes actuais e os membros relevantes dos partidos, que os apoiam, têm algum sentido do devir da História sabem não haver tempo para hesitações. Infelizmente, a forma como alguns notáveis próximos do PM têm sido  recompensados, releva que não existe qualquer perspectiva histórica ou consciência patriótica da parte dessa gente, só vaidade e ganância por posições de prestígio e ordenados chorudos.

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