quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A notícia escasseia...(sobre um artigo publicado no "expresso" acerca de um discurso do MNE Portas, por ocasião de um "seminário diplomático").

A notícia escasseia quanto a detalhes. Não parecem ser más ideias. Nem novas. Apenas recicladas. Necessidades de afirmação de um político pretendendo apresentar algo de novo. Agora, há dinheiro, por exemplo para "roadshows"? De quê? Sardinha assada, fogareiro, tintol e rancho foclórico de emigrantes?Depois, "business plan"obrigatório para embaixadas? Todas? Só o termo em inglês assusta. Será consequência de algum acordo ortográfico luso-anglo/saxónico? Está-se mesmo a ver o embaixador em Washington a aproveitar as primárias americanas para um "portuguese barbecue" (sardinhada) algures em Las Vegas, promovendo o excelente tinto do Dão com "majoretes" e "bandas"naquela "disneyland"...Daqui a umas décadas será interessante estudar "planos de negócio" propostos pelos embaixadores portugueses em,por exemplo, Adis-Abeba, Abuja ou Helsínquia e saber como foram (diplomaticamente) flagelados pelo MNE por não conseguirem alcançar as metas de venda de chinelos "made in Portugal". Ainda, será curioso ver a figura do embaixador português em Londres pitorescamente vestido de xadrês e com um taco de golfe ao pé do Buckingham Palace a distribuir folhetos promovendo aquele "sport"no Algarve. Dos velhos manuais sobre diplomacia ressalta a ideia, que a prática diplomática alicerça-se na realidade geopolítica do estado e sulca rotas de oportunidade de forma atenta e discreta... e aguardam-se as imagens no "twiter" e no "facebook" dos alegres "portuguese roadshows around the world".

3 comentários:

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  2. Algum dia a única qualificação necessária de um futuro embaixador será a de ter o curso de gestão e a de ter estagiado durante um mês no departamento de logística da Lidl. Sugiro também que outra forma de fortalecer potenciais "sinergias", seja de causar melhor impressão no país "target", e mandar assim um ex "Business Administrator" português da respectiva empresa nacional: como por exemplo, para Amestardão, o "Executive Chief" do departamento de recursos humanos da Unilever em Portugal. De certeza que a Rainha Beatriz estaria impressionada e como consequência a Jerónimo Martins voltaria a Portugal com uma bênção real.

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