segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Muito preocupante (a propósito de mais um massacre perpetado pelas forças sírias, desta vez na cidade de Hamas).

O presidente da Síria, com retórica diferente, segue o caminho do pai. Não hesita em utilizar a força brutal para massacrar a própria população. É verdade que não há forma de observadores independentes ou jornalistas comprovarem as assustadoras contabilidades de vítimas mencionadas nas notícias. Algumas análises, acusam o irmão do presidente de ser a besta negra do regime, enquanto o chefe de estado estaria receptivo a reformas...indubitável é que, talvez, menos de cerca de 15% da minoria shiita/alauita exerce uma forte repressão sobre a restante população, da qual 70% são sunitas. Há poucos cristãos. Ainda, diz-se que 80% dos oficiais das forças armadas sírias são alauitas, num exército onde, entre 60% a 70% dos efectivos, pertenceriam ao mesmo grupo minoritário, contudo politicamente dominante; sobretudo após o golpe de estado de 1970, quando o partido Baas assumiu o poder absoluto em Damasco. A população de Hamas é superior a 500 mil habitantes e a cidade não dista muito da capital. Estes elementos em conjunto com relatos do uso de extrema violência nas acções repressivas mostram a ferocidade dos governantes, apontam para a inexistência de forças políticas de oposição bem organizadas e com repercussão no estrangeiro, evidenciam a habitual inércia internacional e tornam inequívoca a profunda transformação, que decorre em todas nações árabes-sendo cedo para avaliar quais as direcções dessas alterações socio-políticas nos diferentes países. Será que EUA e UE já começaram a identificar figuras para dialogar..? Indiscutível  é estar torna-se cada vez mais patente, que o estertor do regime Assad, de 41 anos, será longo e muito sangrento.

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