terça-feira, 2 de agosto de 2011

A "consciência" internacional...(a propósito das notícias relativas à falta de acordo sobre uma tomada de posição por parte da ONU acerca da repressão violenta perpetada pelo regime sírio sobre a própria população).

As Nações Unidas (ONU) sempre serviram para muito pouco, porventura para mostrar que os Estados não são unidos. Ah! é verdade, servem também como objectivos fracos e improdutivos e justificar vaidades e viagens de governantes portugueses sem visão e incapazes de reflexão sobre quais deveriam ser as verdadeiras prioridades da política externa. Contudo, a ONU evidencia que a "consciência" internacional tem, talvez, mais níveis do que aqueles que a psiquiatria afirma existir. E a "moral" igualmente. Assim, funciona como uma terapia de grupo, na qual a "política real" e os pragmatismos rasteiros são diagnósticos e receituários comuns. À semelhança do que acontece variadas vezes com a medicina, quando não se consegue acertar nos remédios ou mezinhas para a cura, a doença é dos "nervos" ou uma "virose". A Síria aos olhos dos países ocidentais assemelha-se a um problema viral, que convém conter. No entanto, sem grande excitação para não afectar os neurónios. Interessante ainda observar a Índia e o Brasil do mesmo lado da China e da Rússia. Distendem "músculos" (não os cérebros) para provar as respectivas existências. Depois, a UE e os EUA com a ineficiente figura projectada face à guerra civil na Líbia só encorajam esses atrevimentos das chamadas potências emergentes. Entretanto, o regime Assad, sangrento e esclerótico de 41 anos de exercício de poder, continua a massacrar os próprios cidadãos, pois as hesitações da chamada comunidade internacional são encorajadoras para a sua longevidade...

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