terça-feira, 16 de novembro de 2010

Reino Unido e Países Baixos têm razão (a propósito das divergências entre o PE e países membros sobre questões orçamentais).

Esta notícia é escassa quanto a detalhes. Mas Londres e Haia têm razão. A amálmaga do Parlamento Europeu (PE) que se preocupe com o orçamento da UE. Já lhe deveria dar trabalho suficiente. Aproveite e imponha a si próprio medidas de austeridade: por exemplo, acabe com as excursões mensais a Estrasburgo ou escolha entre esta cidade franco-alemã e Bruxelas. Lisboa deveria adoptar idêntica atitude e não permitir que parlamentares estrangeiros e outras instâncias controlassem a administração financeira interna. Contudo, a incompetência dos Governos conduziu a uma cada vez maior dependência. Resulta daí o silêncio português, a começar pelo respectivo Parlamento, que parece aceitar boamente a sua própria subalternização. A situação de depauperamento condiciona a afirmação internacional, fragilizando a capacidade negocial do presente e futuros Governos Portugueses. Transmite-se então a ideia, perante Chefes de Estado estrangeiros, que o País está a saldo. Daí não se perceba as entrevistas inoportunas do MNE ao "Expresso" e do Ministro das Finanças ao "Financial Times". O disparate também custa dinheiro. Pagam os contribuintes. Assim, nesta semana, aquando da Cimeira Nato, os Chefes de Estado e Governo deverão ter nos seus papéis sobre Portugal, que o PM Sócrates já não manda, restando-lhe apenas o pesadelo do TGV e a distribuição do "magalhães" - desta vez em cortiça, como os restantes presentes aos ilustres convidados. Flutua.

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