sábado, 18 de fevereiro de 2012

Mais uma vez arte e negócio (a propósito da notícia sobre a descoberta de gravuras rupestres em Vale de Cambra, região de Aveiro).

Mais uma vez arte e negócio andam de braço dado. Talvez poucos se lembrem, gravuras idênticas às de Vale de Cambra na região do Côa, em conjunto com a polémica sobre a sua conservação ou a construção de uma barragem, ajudaram (não se sabe em que medida) a catapultar para o poder o PS do eng. Guterres. Assim, além do lucro, também a política se pode sempre somar à veia artística da humanidade. As gravuras de Foz Côa não me impressionaram. Fiquei sim impressionado com a belíssima região quente e rude de vales e montes alcantilados, que preferiu ser portuguesa em vez de castelhana, nos memoráveis tempos de El-Rei D. Dinis. Porém, triste e desprovida de gente, que uns "jipes" com turistas procuravam animar. Não sei se o conseguiram, até hoje...Entretanto, o turismo parece animar e justificar interesses acerca de épocas históricas perdidas nas sombras dos tempos...certamente, quem se entretêve a cravar na pedra figuras como as do Côa, estava apenas aborrecido pastando ou esfaimado à espera que a caça se pusesse a jeito...claro, se a antiguidade dos conjuntos rupestres do Vale de Cambra se comprovar. Seria também útil a sua comparação quer com as de Côa quer com as de outras regiões, nomeadamente do deserto do Sara. Seria mais um indício, que os Iberos tiveram origens africanas e não vieram dos mares Negro ou Mediterrâneo em peregrinação até estas belas terras de clima suave, pois a Helênia não está na moda...e volta-se à politiquice e ao rendimento, pior à ausência deste último ...

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