quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Eis uma notícia...(sobre a possibilidade da China apoiar financeiramente a Europa).

Eis uma notícia interessante, não pelos detalhes. É até recorrente. As autoridades chinesas não devem saber bem o que fazer a tanta liquidez e os juros das dívidas soberanas são jeitosos. Contudo, pretenderão acautelar-se através do FMI. Talvez não lhes interesse também o excessivo empobrecimento dos europeus. A loira Sra. Merkel, há dias, andou por lá e deve-as ter alertado. Quem irá então comprar as pilhas de inutilidades "made in china"? Os norte-americanos? Bem, os EUA já estão inundados por produtos fabricados na China e esta quase afogada na dívida americana. Notável reciprocidade...Portanto, para Pequim (perdão, Beijing) será de todo interesse diversificar clientes. Todavia, os dirigentes chineses sentir-se-ão especialmente encatados e orgulhosos, porque toda a gente presta, agora, reverência ao Império do Meio (o que faz o dinheiro...). Assim, cumpre-se a ambição do Imperador Iongle, o mais célebre Ming (a última e mais famosa disnastia Han), cujo almirante eunuco Zeng He procurou, nos princípios do século XV, expandir a soberania e glória chinesas além mar, nomeadamente nas costas do Oceano Índico. Mas aquele soberano morreu e o Celeste Império isolou-se. E os chineses nunca conseguiram vislumbrar, sem intermediários, o despertar do outro grande centro civilizacional do Mundo:a Europa Ocidental. Pelo contrário, em vez de visitar, foram visitados pelos audazes Portugueses, os primeiros mentores da globalização, a qual na actual versão tanta prosperidade tem levado à China.

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